A complexidade da vida começa em cada ser humano e se não o compreendemos, não compreendemos a nós mesmos, em toda e qualquer circunstância em que estamos envolvidos.
Veja saiu mais um café! Quentinho!!! Ah..e tem também uns biscoitinhos, hoje são amanteigados, aqueles que derretem na boca, hummm... Vamos conversando enquanto saboreamos mais este café!
Vamos começar com o indivíduo, este ser humano único, é parte primária e essencial de todo e qualquer núcleo, a começar pela família e na sociedade em geral. Caso esta pessoa não exista, não existe nada, a não ser o ambiente físico, inerte. Inerte porque? Quem dá movimento e, portanto vida a um lugar é a pessoa que está neste lugar. A prova disto é quando vamos à casa de alguém e conhecemos a sua forma de ser, e vamos a um lugar com as mesmas características dizemos “nossa, este lugar é a cara de fulano?” Como assim?? Isto significa que, ali naquele local, percebemos a mesma energia do tal fulano, porque foi a que ele imprimiu em sua casa, assim demonstrou a sua forma de ser e ficou impressa na nossa percepção. Bem, talvez seja isto que pensou o estudioso, quando registrou ser o homem autor e ator da sua própria criação.
Então, o ser humano nasce, se desenvolve e morre. Neste caminho passa por fases de crescimento, que estão interligadas entre si. Este crescimento não é só físico, é também vivencial. A junção disto pode ser chamada de desenvolvimento pessoal. A pirâmide de Maslow nos mostra isto. Mas o homem não é como os animais, ele possui uma tal de consciência, que nenhum outro animal tem, pelo menos é o que nos diz a ciência até agora.
A pirâmide de Maslow nos fala em necessidades, e entendemos que existam desde a fisiológica até a consciencial. Bem se temos necessidades, é porque temos carências, que geram estas necessidades. O que fazemos então? Vamos em busca de supri-las. Como? Aí...entram os valores. Vamos conversar sobre isto.
Existe um livro que fala de valores (“Valores: saiba o que é”, do autor Heron Beresford), que conceitua de forma bem compreensível. De qualquer forma, o valor existe quando irá suprir uma carência. Veja, se você sente sede, que é uma carência, então você gera a necessidade de água concorda? Aí, te oferecem um prato de comida, o que acontecerá? Este prato de comida não terá valor para você neste momento, ele não irá suprir a sua sede, mas a água sim. Mas se não tiver no local? Aí o valor da água aumenta. Então, os nossos valores estão diretamente ligados as nossas carências.
Agora imagina uma pessoa que não tem dinheiro, então vai e pega, para suprir sua carência, o que acontecerá? Se o dinheiro não for dele, ele vai preso, porque? Porque existem leis morais e éticas de comportamento e conduta social. Hummmm, mas e aí? Aí a gente entra no âmbito de vivencia social do individuo, mas vamos falar disto depois.
Voltando ao desenvolvimento pessoal, uma pessoa se comporta de acordo com o seu sentimento, pensamento e aí age, estabelecendo uma tríade, sente a carência, pensa como supri-las e age para supri-las e este caminho é extremamente rápido.
Agimos conforme sentimos, e sentimos conforme pensamos e acreditamos. Nosso comportamento está diretamente relacionado aos nossos conceitos, pensamentos e sentimentos. Quando falamos em conceitos, falamos em crenças, paradigmas de vida, no qual somos criados.
Quando somos crianças, vivemos de acordo com os paradigmas (crenças) dos nossos pais, que formam a base dos nossos próprios paradigmas. Na adolescência, começamos a buscar nosso lugar no mundo, começam as contestações, principalmente aos paradigmas que fomos criados. Isto é extremamente saudável! Desde que seja conduzido de uma forma, também saudável, pelos pais. Nesta fase a educação e a influencia positiva é muito importante. Ao passar esta fase, este ser humano se estabelece como pessoa e vai agir de acordo com os seus conceitos. Bem no meio de tudo isto tem a consciência, mas precisamente a consciência intencional. E assim é construída a individualidade desta pessoa, que se desenvolve, principalmente a partir de seus valores.
A sua inteligência, consciência intencional, com base em suas crenças (paradigmas) e valores, determina o comportamento do homem.
Interessante né? O que intriga são os vários comportamentos que vemos hoje em dia, e é neste âmbito que alguns estudiosos da Educação e Comportamento Humano estão centrando seus estudos. Se observarmos a nossa volta, as crianças e adolescentes principalmente, vemos as profundas mudanças que estão ocorrendo.
Quero contar aqui, com a sua autorização (não darei nomes), o pensamento de um adolescente de 14 anos, que um dia começou a dizer que quer ser muito rico, normal né? Na realidade todos nós queremos rsrsrs, mas o que me espantou são os livros que lê. Todos de economia, de educação e independência financeira, começou a aplicar a mesada na Bolsa de Valores, os pais ficaram surpresos com o seu comportamento, pois não tinham estimulado isto e só tem 14 anos!! Se preocuparam, mas logo perceberam que não era nada anormal, principalmente depois que perguntei a ele porque? Bem a sua resposta me surpreendeu, pois disse: “Quero poder ajudar as pessoas, e só posso dar o que eu tiver, então tenho que ter muito dinheiro, para fazer alguma coisa” Nos seus 14 anos, movido por um sentimento de solidariedade espontânea, e um senso de observação do mundo que nos cerca, revelou um dos preceitos da ciência de ficar rico descrito por autores famosos da área financeira motivacional. Então lhe pedi para escrever um texto sobre a sua idéia, o que fez prontamente e vou publicar aqui, para compartilhar com vocês.
O que chama atenção, além da idade, são os valores que demonstra no seu comportamento, numa idade teoricamente egocêntrica, há um processo valorativo social, que desperta um dos valores humanos essenciais, a solidariedade. Sabe, percebi que outros adolescentes também têm este sentido social, ainda são muito poucos, mas eles existem!!! Infelizmente ainda vemos outros comportamentos que ultrapassam todo e qualquer senso de valores humanos essenciais...inclusive com um grau de crueldade...mas podemos acreditar que o mundo tem chance!!! Ah!! E como tem!! Qual a relação com as carências e necessidades?? Complexo né?
E o café? Acabou? Vou fazer mais tá? E pegar mais uns biscoitinhos! Enquanto isto diz o que você acha deste assunto, já volto!